quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os trabalhadores e a crise

Os discursos sobre a crise já afetam as mentes. É inegável que o capitalismo atravessa uma crise cíclica,de caráter financeiro,com espectro mundial.
Os empresários brasileiros nos últimos anos tiveram um grande lucro,a remessa de lucros externa também foi grande,principalmente no final de 2008.O Brasil ainda não sentiu diretamente os reflexos da crise,e aqui talvez ela nem seja tão forte,como em economias centrais,mas os empresários já demitem trabalhadores,possivelmente para readequar sua produção,nem pensam em diminuir sua margem de lucro,rapidamente chamam os trabalhadores,os "colaboradores" para que estes doem mais uma parcela de contribuição,com demissões,ou reduções salariais.
A grande mídia vende nos telejornais,jornais,novelas que é muito natural este recurso empregado pelos patrões. Aos empregados que precisam do emprego,ouvem notícias que a"coisa ainda vai piorar" adotam uma reação defensiva imediatista,sobreviver ainda que pior do que já estava,mas manter os empregos.O grau de alienação foi muito pouco superado,mas mesmo sabendo que os patrões poderiam cortar na "própria carne",ou seja reduzirem um pouco seus lucros(coisa que não farão),os trabalhadores concordam em manter os salários,com redução salarial.
O movimento sindical deve aproveitar este momento histórico para elevar o nível de consciência da população,produzir,teorizar sobre o capitalismo e sua contradição;promover lutas fortes onde houver organização para resisitir, e buscar amplos setores para que empresários,governos municipais,estaduais contribuam para minimizar os efeitos desta crise.Os trabalhadores não devem ser responsabilizados por ela,e nem pagar com mais miséria.
O capitalismo tende a se refazer e voltar com novas propostas,nova cara,mas com a mesma base:produção socialXlucro privado,é preciso que o momento atual sirva para reflexão e busca de saídas para uma sociedade de mais justiça social.

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