quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Manifesto sobre a crise

Centrais e entidades sindicais lançam o 'Manifesto contra a Crise'
27/01/2009
Assinado por centrais, federações e sindicatos de trabalhadores, na última segunda-feira foi lançado o "Manisfesto Contra a Crise" que faz ataques diretos à elevada taxa de juros (Selic). As entidades cobram a redução da Selic dos atuais 12,75% para “um patamar de 8% ao ano”, além de um intervalo menor entre as definições das taxas “enquanto perdurar a crise”.O texto contém a assinatura de todas as centrais sindicais legalizadas no Brasil, com exceção da CUT. Em contrapartida, os presidentes das federações paulistas da Agricultura, do Comércio e das Indústrias aderiram à carta.A CTB saúda a unidade das centrais e reafirma sua posição em defesa dos trabalhadores, do emprego e dos salários. Hoje, temos que exigir que o Banco Central abaixe os juros e exigir dos banqueiros diminuição do spread para que a economia do brasil volte a crescer.Confira abaixo a íntegra do texto.MANIFESTO CONTRA A CRISENa Seqüência dos entendimentos que as Centrais, Federações e Sindicatos de trabalhadores e as Federações de sindicatos empresariais, têm promovido desde o ano passado no sentido de analisar a crise Internacional e os seus efeitos negativos no Brasil — sempre objetivando oferecer sugestões capazes de manter o nível de emprego no País —, as entidades que assinam este documento estabelecem um histórico entendimento com foco em quatro pontos principais:* Que seja acelerada a queda na taxa básica de juros (Selic), alcançando, o quanto antes, um patamar de 8% ao ano, (aproximadamente 3% de juros reais);* Que as reuniões do Copom, do Banco Central (BC), destinadas a debater e determinar a Selic, sejam a cada 15 dias – enquanto perdurar a crise;* Que sejam reduzidos drasticamente os spreads bancários, em especial os dos bancos estatais que, hoje, estão entre os mais altos praticados no País; e* Que seja ampliado o número de integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN), de três para sete membros, abrindo o órgão à participação de outras áreas do Governo, da área acadêmica e das forças produtivas.
A sociedade brasileira espera do Governo medidas práticas e imediatas para combater a crise, evitando a ampliação de suas conseqüências sobre o nosso país. Precisamos impedir o desemprego e defender o futuro do Brasil.
São Paulo, Capital, 26 de janeiro de 2009. Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTBAntonio Fernandes dos Santos Neto – Presidente Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTBWagner Gomes – PresidenteFederação da Agricultura do Estado de São Paulo – FAESPFabio Meirelles – PresidenteFederação do Comércio do Estado de São Paulo – FecomercioAbram Szajman – PresidenteFederação das Indústrias do Estado de São Paulo – FiespPaulo Skaf – Presidente Força SindicalPaulo Pereira da Silva (Paulinho) – PresidenteNova Central Sindical de TrabalhadoresJosé Calixto – PresidenteUnião Geral dos TrabalhadoresRicardo Patah - Presidente

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