domingo, 24 de outubro de 2010

A memória de um Brasil privatizado



Reproduzo artigo do jornalista Tiago Soares:

Imagine que você trabalhou toda uma vida para adquirir um patrimônio. E que, em meio a dívidas, tenha decidido vender uma ou outra coisa para colocar as contas em dia.
Agora imagine que o comprador, durante a negociação, tenha lhe confidenciado que anda meio sem grana. E que então você, ansioso/a para bater o martelo, resolva emprestar para o interessado o dinheiro com o qual seu patrimônio será comprado. O comprador te pagaria de volta a perder de vista, assim que começasse a lucrar com o que acaba de adquirir. Detalhe: você teria vendido justamente os bens com os quais gerava parte de sua renda. E por um preço bastante abaixo do valor de mercado.

Pois foi justamente assim que se deu boa parte das privatizações realizadas no Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso, de meados da década de 1990 até 2002. Empresas públicas produtivas, como a Vale do Rio Doce e a Light, vendidas a preços muito abaixo do que realmente valiam, com financiamento público a perder de vista.

Tendo como argumentos o abatimento da dívida, a atração de capital estrangeiro, o aumento da produtividade e a melhoria dos serviços aos cidadãos e cidadãs, o patrimônio brasileiro foi colocado à venda e oferecido a alguns poucos grupos econômicos internacionais, financiados por bancos estrangeiros e com ajuda do próprio governo brasileiro. O que se escondia, porém, é que na antesala da privatização a infraestrutura das empresas era sucateada, numa política de depreciação do patrimônio nacional, jogando no desemprego dezenas de milhares de profissionais qualificados.

E não foi só isso. Para tornar o negócio atraente, o governo abateu as dívidas das empresas com a União e realizou ajustes de tarifas, puxando para cima os preços dos serviços e garantindo enorme lucro futuro aos investidores. Para se ter uma ideia, o reajuste nas tarifas telefônicas chegou a 500%; no caso da energia alétrica, a coisa ficou na faixa de 150%. E ao contrário de outros países, nos quais os processos de privatização exigiam que as companhias baixassem gradualmente as taxas cobradas pelos seus serviços, o combinado pelo governo FHC foi que os novos donos das empresas estatais poderiam seguir ajustando os preços anualmente, segundo a taxa de inflação.

Para convencer a opinião pública, governo e meios de comunicação defendiam que a venda das estatais atrairia dinheiro do exterior, reduzindo as dívidas externa e interna do Brasil. E, na verdade, ocorreu o contrário: além de “engolir” as dívidas de todas as estatais vendidas (o que aumentou a dívida interna), parte razoável do dinheiro levantado pelos investidores vinha de bancos estrangeiros. O que significou que, no fim das contas, as companhias recém privatizadas, já comprometidas com dívidas junto a grupos financeiros internacionais, seriam obrigadas a enviar grande parte do dinheiro que fizessem para o exterior. Algo que não aliviou – na verdade, piorou – a dívida externa nacional.

Para complicar ainda mais a situação, o próprio governo financiou parte da compra, oferecendo empréstimos do BNDES e trocando crédito pela aquisição de títulos da dívida pública. Medidas que acabaram se tornando um contrasenso, já que, ao oferecer no Brasil parte do dinheiro a ser investido nos leilões, os potenciais compradores acabaram sem estímulo para trazer dólares de fora para o país. Dólares que, justamente, eram alardedados desde o início como um dos motivos para a privatização.

No fim das contas, foi o seguinte: o Brasil entregou boa parte de seu patrimônio a preço de banana para uns poucos grupos econômicos; a dívida pública aumentou assustadoramente (de cerca de 30% do PIB, em 1995, para quase 60% do PIB em 2002); e a política de investimentos do BNDES, que estimulava a remessa de dólares para o exterior, acabou provocando uma recessão que atingiu as famílias do país, numa quebradeira generalizada que levou a enormes índices de desemprego.

Ao fim, foram privatizadas, entre 1990 e 1999, 166 empresas, com 546 mil postos de trabalho extintos diretamente. O que, comparado ao número de privatizações ocorridas desde meados da década de 1980 (19 companhias, entre 1985 e 1990) apenas prova a sanha privatista do projeto do PSDB. Um negócio que, muito bom para alguns poucos lobistas e umas poucas empresas estrangeiras, se mostrou, em pouquíssimo tempo, péssimo para o povo brasileiro.

Só pra se ter uma ideia, alguns casos:

BNDES

Um dos principais responsáveis pela rápida saída do Brasil da crise econômica mundial de 2008, o BNDES quase foi privatizado no governo do PSDB. O banco, que nos últimos anos vem garantindo o crédito e o investimento no país, foi listado em 2000, a pedido do ministério da Fazenda, numa avaliação de possíveis privatizações do setor bancário. A iniciativa foi uma imposição do FMI.

Quem diz é o site do Ministério da Fazenda:

“Com determinação o governo dará continuidade à sua política de modernização e redução do papel dos bancos públicos na economia. O Banco Meridional uma instituição federal foi privatizado em 1998 e em 1999 o sexto maior banco brasileiro o BANESPA agora sob administração federal será privatizado. Ademais o Governo solicitou à comissão de alto nível encarregada do exame dos demais bancos federais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, BNB e BASA) a apresentação até o final de outubro de 1999 de recomendações sobre o papel futuro dessas instituições tratando de questões como possíveis alienações de participações (grifo do autor) nessas instituições fusões vendas de componentes estratégicos ou transformação em agências de desenvolvimento ou bancos de segunda linha. Essas recomendações serão analisadas e decisões serão tomadas pelo Governo antes do final do ano sendo que as determinações serão implementadas no decorrer do ano 2000.”

Banespa

Privatizado em 2000 pelo governo Fernando Henrique Cardoso, o Banco do Estado de São Paulo (Banespa) foi adquirido pelo espanhol Santander por R$ 7 bi. Para se ter uma ideia, entre meados e o fim da década de 1990 o Estado brasileiro havia injetado R$ 50 bi na instituição. R$ 15 bi destes, apenas nos esforços de saneamento prévios ao processo de privatização: o que, descontado o dinheiro conseguido nos leilões, acabou num prejuízo de, no mínimo, R$ 8 bi aos cofres públicos.

Mais que isso: para tornar o negócio atraente, o governo brasileiro liberava o novo (e privado) dono do banco de qualquer contrapartida social (como financiamentos para a agricultura familiar, por exemplo).

Ou como disse ao portal Terra o presidente do Banco Central na época, Armínio Fraga, sobre a privatização do banco paulista: “Fraga explicou que o Banespa privatizado não terá de manter sua atuação em “políticas públicas”, como financiamento a pequenos agricultores, por exemplo. “A privatização deixa clara a separação entre o negócio privado e uma política pública”, disse.”

Vale do Rio Doce

Considerada a segunda maior mineradora do mundo, a Vale do Rio Doce (hoje, Vale S. A.) foi privatizada pelo governo do PSDB em 1997, por R$ 3,3 bi. O valor, muito abaixo de mercado, equivale a menos que ela obtinha por ano em 1995 – e, hoje, a algo em torno do feito em apenas um trimestre.

Mais que isso, o processo de privatização esteve envolto em graves suspeitas de corrupção, com acusações de cobrança de propinas milionárias por Ricardo Sérgio, lobista encarregado da montagem do consórcio vencedor. Causou polêmica, ainda, a intervenção do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, na composição dos grupos que concorriam pela companhia, numa ação vista como decisiva para o resultado final do leilão.

Petrobrás

Recentemente alçada ao posto de segunda maior petrolífera do mundo, a Petrobrás foi, ao longo de toda a era tucana, sondada quanto à sua possível privatização. Numa declaração recente, o atual presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, chegou a afirmar que “Para o governo FHC, a Petrobras morreria por inanição. Os planos do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso eram para desmontar a Petrobras e vendê-la”.

Com a descoberta do pré-sal, a Petrobrás oferece ao país a oportunidade de tornar-se uma das maiores potências globais na área de energia. Pelo projeto proposto pelo governo Lula, boa parte dos rendimentos futuros do governo com pré-sal, na casa dos trilhões de dólares, deverão ser investidos num fundo soberano para investimentos em educação e ciência e tecnologia.

Além disso, o processo de capitalização da Petrobrás, no qual foi dada ao público a possibilidade de adquirir participação na empresa pela aquisição de ações, foi aberto a toda a população brasileira – ao contrário do processo de privatização defendido pelos tucanos, restrito a alguns poucos grupos econômicos internacionais.

A respeito das intenções de um hipotético governo tucano para a gestão do pré-sal, especula-se a retomada de uma agenda fortemente privatista para o setor. Em declaração recente ao jornal Valor Econômico, o principal assessor de José Serra para a área de enrgia, David Zylberstajn, afirmou que “Não tem que existir estatal comprando ou vendendo petróleo”. Vale lembrar que David Zylberstajn foi, no governo FHC, presidente da Agência Nacional do Petróleo, e um dos principais entusiastas da privatização da Petrobrás. Para se ter uma ideia, numa sondagem de mercado hoje reduzida ao anedotário histórico, chegou-se a especular que, num esforço para torná-la mais palatável a possíveis compradores estrangeiros, a companhia fosse rebatizada como “Petrobrax”.

Privatizações no governo José Serra

Quando governador de São Paulo pelo PSDB, José Serra foi fiel ao projeto privatista, e pediu avaliações referentes à possível privatização de pelo menos 18 empresas pertencentes ao estado. Entre as companhias oferecidas ao setor privado, estariam nomes tradicionais como a Nossa Caixa, a Sabesp, o Metrô, CPTM, a Dersa e a CDHU.

E o banco Nossa Caixa, na verdade, escapou por pouco – posta em leilão, a instituição financeira acabou arrematada pelo Banco do Brasil, num esforço do Governo Federal para impedir que a companhia caísse nas mãos de grupos privados.

Em seu meio (porque até a metade) mandato à frente do estado, José Serra foi, no fim das contas, apenas fiel ao que defendia quando ministro do planejamento do governo FHC. Quem o diz é o proprio ex-presidente, que ressaltou, em conversa recente com a revista Veja, o entusiasmado papel desempenhado por Serra nas privatizações da década passada.

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O ADEUS A MINHA BONECA

Lembrei,ou seja,relembrei uma história de minha infância pobre e atribulada.Por um ano,minha família morou na colônia,nas terras de meu avô,lá no Arroio do Ouro,indo pra Forqueta.Tinha cerca de cinco anos,e cuidava de meus irmãos menores,de tres e de um ano,enquanto meus pais iam para a roça,lá em cima de um morro.Alimentava os irmãos,cuidava para não irem para o rio,que ficava próximo,carregava o mais novo,no colo,tarefas gerais.Havia ganho uma boneca de borracha,com olhos claros,cabelos,roupinha,enfim um sonho.Quando sobrava um tempo,brincava com ela.Um dia,de repente,olhei para os meus irmãos e me veio um súbito desespero,comecei a perguntar onde estava a minha boneca,depois de vários e longos minutos,meu irmão me mostrou o forno do fogão à lenha,ele tinha escondido lá a boneca.Na colônia,o fogão ficava aceso todo o dia.A cena da boneca torrada,até hoje,não consigo lembrar por completo.Sei que comecei a chorar,e gritar,e por instinto,subi em cima da mesa,gritei tanto "eu quero minha boneca",que minha mãe ouviu gritos,e veio correndo lá da roça,pensando que alguma desgraça tinha acontecido.Para mim,tinha acontecido.Quando ela chegou,entendeu o que tinha acontecido.Não lembro de mais nada,só que nunca mais ganhei uma boneca.Não sei porque lembrei desta história,talvez pela aproximação de meu aniversário.Hoje não preciso ganhar mais uma boneca,mas até aceito.Já superei vários traumas.Lembro muito pouco da minha infância,não é pelo tempo que faz,não lembro apenas.Mas do choro pela boneca,eu lembro.

sábado, 23 de outubro de 2010

O SERRA LIGOU PARA MIM


O candidato Serra,nunca ligou antes para mim,quando ele foi contra os interesses do povo brasileiro,e votou sempre a favor da elite,e do capital,ele nem ligava para mim.Perdoem a ironia,mas a raiva que senti ao atender o telefone, e uma gravação me dizia para não votar na Dilma,e alegava motivos já propagandeados pela mídia,lembrei daquelas empresas que ligam,ou te mandam emails de propaganda,sem tua autorização.
Destesto deixar mensagens no celular dos outros,dá uma sensação de insegurança,impessoalidade.Penso que esta propaganda,até pode convencer algumas pessoas,mas a maioria deve se sentir como eu,irada,incomodada,pois como vou debater com uma gravação.
Ouvi até o final para conhecer o teor da mensagem,mas que dava vontade de desligar logo,dava.
Após as eleições,o candidato Serra,e seu grupo vão sossegar,ou o desespero seguirá promovendo cenas e gestos desprezíveis,como simular traumatismo,por bola de papel,telefonemas gravados,distribuição de cestas básicas.
Preocupa-me o último debate,que ele não seja editado,nem montado de forma negativa contra Dilma,este filme,o Brasil já viu,e não aceitamos assistir de novo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

DISCRIMINAÇÃO DAS LUTADORAS

Contarei uma passagem que aconteceu comigo.Sempre tive uma visão pragmática da vida,talvez pela ascendência alemã.Também sou fruto da miscigenação dos lusos, ou "brasileiros",como dizia minha avó alemã,e deles herdei um certo ar de ironia,alegria. Como sou de origem humilde,entendi que na vida,sobreviver já era muito importante.Cresci sem muitos recursos,estudando,ajudando em casa,enfim,uma vida comum a maioria das brasileiras.Tinha minhas vaidades,mas não era extremada,preferia dançar,fazer piadas,namorar,mas sem espírito de dondoca. Conheci o movimento sindical,no final dos anos 80,e me envolvi bastante,daí então,quase não tinha tempo para minha vaidade,era luta e luta! Casei,engravidei,e então uma colega de loja,me perguntou espantada:"Tu tá grávida?", "mas como tu tá grávida",e outras perguntas,demonstrando profundo espanto.E eu respondi de que forma tinha engravidado.Depois meditei e pensei porque ela havia se espantado com o fato de eu estar grávida.Descobri,e inicialmente fiquei chocada,depois compreendi.Segundo a idéia dela,uma mulher que lidera piquete,enfrenta os patrões,usa o microfone para defender os outros,não é uma mulher,ela deve ter problemas pessoais,e coisas do gênero.Naquela época,era difícil entender que podemos ser mulheres e guerreiras.Apesar dos poucos enfeites,e estilo despojado,distante do padrão dondoca,eu era uma mulher,com idéias,desejos e sentimentos.Hoje quando usam adjetivos pejorativos,sobre as mulheres que lutam,percebo a discriminação,de gênero,de classe,e outras,e pior usar o pensamento conservador da sociedade para desqualificar as pessoas com base nas suas opções,significa uma vilania contra os direitos humanos.Hoje,enfrento com mais facilidade alguns preconceitos,de estética,de classe,de gênero,até estou mais vaidosa,e digo sou uma dama e uma guerreira.Muito ainda temos que trilhar para alcançarmos um patamar de solidariedade e liberdade.Talvez a sociedade dos meus futuros netos alcance esta etapa.

FRIO DE PRIMAVERA


AQUELE VENTO FRIO QUE PASSOU

CORTOU MINHA ALMA.

CARREGADO DE MEDO E TRISTEZA

MARCOU MEU PENSAMENTO E DEIXOU

PROFUNDAS CICATRIZES.


QUERO A PAZ DOS CAMPOS VERDES,

A BRISA DO MAR TOCANDO MINHA PELE,

MAS A DURA REALIDADE TROUXE ESTE FRIO,

DA AMARGURA,EMBEBIDO DE LEMBRANÇAS RUDES.


VEJO TEU ROSTO EM CADA REFLEXO DA MINHA RETINA,

SINTO TUA PRESENÇA RASTEJANTE,BEM PERTO,

ESPERO A TUA AUSÊNCIA,COMO A NOITE ESPERA O DIA.

ENFIM,NÃO ESTOU MAIS SÓ,E TUA PRESENÇA NÃO ME ASSUSTA!


VAMOS SEGUIR TRANQUILAMENTE

POIS O MEDO SERÁ SUFOCADO PELA ALEGRIA,

DE VER LIVRES AMANHECERES,QUENTES NOITES DE VERÃO.

O PUDOR DE SER FELIZ JÁ ME ABANDONOU.


A TUA SOMBRA FOI SUBLIMADA,

SOU FORTE,SOU ESTRELA,SOU O SOL,

TUA NÉVOA JÁ ESTÁ DISTANTE,E AGORA POSSO VER

MEU ROSTO DE MENINA SORRINDO LIVRE.


A MULHER QUE SOU VEIO COM ESFORÇO,

COM DIGNIDADE,SEM MÁGOAS INTENSAS,

QUERO A VIDA PLENA,DENSA,COM JUSTIÇA

E LIBERDADE.


CARREGO O ORGULHO DAS GUERREIRAS,

O SORRISO DAS MENINAS,

A FORÇA DAS MULHERES,

E AMOR PARA PARTILHAR.

SERRA É UM TUCANO CARA DE PAU




Qualquer pessoa com o mínimo de leitura e memória sabe que o candidato Serra está mentindo muito nesta campanha.Tanta mentira e desfarçatez que ele pode até concorrer ao Oscar,ou quem sabe ganhar um emprego de ator,na Groubo.Seria cômico,se não fosse trágico,pois a maioria das pessoas,tem acesso a poucos meios de comunicação,sem contar que boato e notícia ruim é rápido para espalhar,para desmentir demora.A campanha sórdida,despolitizada de Serra,tenta jogar areia nos olhos do povo,para confundir as pessoas e esquecer que ele tem um passado antipopular.Levar a discussão para o campo da moralidade,e dos princípios religiosos não ajudam a elevar o nível de esclarecimento sobre as propostas políticas,do projeto em disputa.Aposta o candidato no conservadorismo,na confusão e nos boatos,sabe que no jogo limpo de idéias,sua derrota seria maior.Mas,é preciso muita atenção,porque a sociedade brasileira,evoluiu,mas as idéias são as últimas a modernizarem-se.Não é possível que deixemos passar a oportunidade de continuidade e inovação do projeto político em curso.Pecisamos nos mobilizar,cada turno é uma nova eleição,precisamos ganhar o voto daqueles que tiveram outra opção,antes,mas que percebem agora a importância de sua participação efetiva votando em DILMA 13.